O tipo mais perigoso de HPV pode causar câncer. Veja como se prevenir

No final de 2017 o Ministério da Saúde divulgou uma pesquisa realizada com 7.586 usuários do SUS em todos os estados brasileiros, sendo que destes, 2.669 realizaram testes para detectar o HPV.

Como resultado, 54,6% dos cidadãos com idade entre 16 e 25 anos foram diagnosticados com o papiloma vírus humano, o HPV, uma doença sexualmente transmissível. Destes, 38,4% possuem um dos tipos mais perigosos do vírus, capaz de causar câncer.

É importante alertar para o fato de que o risco de contrair HPV não é mais alto para pessoas solteiras, já que dos entrevistados na pesquisa, 41,9% disseram estar namorando e 33,1% estão casados ou morando com o parceiro. Portanto, em nenhuma situação a proteção é descartável.

O que é HPV?

O vírus HPV é transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas. Além do uso do preservativo masculino ou feminino, é importante tomar cuidado com feridas nas genitais ou na boca, pois podem facilitar a transmissão.

O HPV nem sempre apresenta sintomas fortes. Estima-se que apenas 5% dos portadores percebem verrugas ou secreções nas genitais ou região da boca.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, são registrados 150 tipos de HPV, sendo que 13 são considerados condicionantes ao desenvolvimento de câncer, especialmente o de colo do útero, o qual estima-se 16.370 novos casos em 2018.

Vacina contra HPV

Além do uso de preservativo, é muito importante tomar a vacina para a prevenção dos tipos mais comuns de HPV.

Ela está disponível gratuitamente para meninos e meninas dos 9 aos 14 anos de idade, e também para pessoas de 9 a 26 anos que vivem com HIV ou AIDS, fizeram transplante de órgãos e que fazem tratamento contra câncer.

Para pessoas acima de 26 anos a vacina só está disponível em clínicas particulares. O custo é elevado, podendo ficar em torno de R$200,00 por dose da bivalente (que protege contra 2 tipos de vírus) e R$300,00 por dose da tetravalente (que protege contra 4 tipos de vírus).

Ambos os tipos necessitam de 3 doses e sua validade dura cerca de 8 ou 9 anos. Mesmo vacinado, é importante continuar usando preservativo para evitar contrair um tipo de vírus que não esteja protegido pela vacina e o sistema imune não consiga combater.