Como diagnosticar e tratar o câncer de ovário?

A semana do dia 8 de maio é reservada para conscientizar as mulheres a respeito do combate ao câncer de ovário. Este é um dos tipos de câncer ginecológico mais frequentes e merece um cuidado especial porque se desenvolve silenciosamente, apresentando um diagnóstico mais complexo, além de alta taxa de óbitos.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) prevê que mais de 6 mil novos casos de câncer de ovário sejam detectados todos os anos no Brasil. Segundo o Oncoguia, a probabilidade de uma mulher desenvolver esta doença ginecológica ao longo da sua vida é de 1 em 78.

Por isso, é importante compreender como ela ocorre, quais são os fatores de risco e como diagnosticá-la assertivamente para obter o melhor tratamento. Continue lendo para saber mais sobre o câncer de ovário.

Como surge o câncer de ovário?

Os ovários localizam-se na pelve, próximos ao útero da mulher e são os órgãos responsáveis por produzir os óvulos e alguns hormônios femininos, como estrógeno e progesterona. Essencialmente, existem três tipos de câncer de ovário:

- Adenocarcinoma de ovário: este é o tipo mais comum, sendo responsável por 95% dos casos. Tem origem nas células epiteliais, que revestem a superfície dos ovários;

- Tumor de células germinativas: surge a partir deste tipo de célula que dão origem aos óvulos;

- Tumor de células estromais: se desenvolve a partir destas células que produzem hormônios femininos.

Quais são os sintomas e fatores de risco para a doença?

Como já mencionamos ao longo do texto, o câncer de ovário é uma doença com uma progressão silenciosa, ou seja, não manifesta grandes sinais no corpo da mulher. No entanto, em algumas circunstâncias, geralmente quando o tumor se encontra em fase mais avançada, pode haver mal-estar, desconforto no abdômen, aumento do volume abdominal e perda de peso.

Por este motivo, é essencial que as mulheres mantenham seus exames ginecológicos periódicos em dia, pois quando descoberto precocemente as chances de sucesso no tratamento e de cura do câncer de ovário podem chegar a 80%.

Alguns fatores de risco podem ser observados em determinados grupos de mulheres, como:

- Idade acima de 60 anos, geralmente após a menopausa;

- Fazem reposição hormonal com uso de estrogênio por mais de 5 anos;

- Consumidoras excessivas de álcool e cigarro;

- Tiveram filhos após os 35 anos;

- Realizam tratamento para fertilidade;

- Obesas;

- Histórico pessoal ou familiar de câncer de mama, ovário ou intestino.

Diagnóstico e tratamento de câncer de ovário

Ainda não existe um teste ou exame específico que rastreie este tipo de câncer, a exemplo da mamografia ou Papanicolau nos casos de câncer de mama e de colo de útero. No entanto, o ultrassom transvaginal pode identificar sinais de alterações nos ovários que possam ser investigadas com mais detalhes pelo médico.

Por isso é tão importante que as mulheres mantenham seus exames em dia, já que em caso de qualquer suspeita, quanto mais precoce melhor, elas possam ter o devido encaminhamento a um oncologista para uma avaliação minuciosa que confirme ou descarte a doença.

Além do oncologista, mulheres que tenham histórico de câncer hereditário por mutações genéticas devem buscar orientações junto ao médico geneticista, que pode recomendar a remoção das trompas e ovários como forma de prevenir a doença e reduzir os riscos da doença.

Assim que o câncer de ovário é diagnosticado e seu estadiamento é definido, a paciente elabora junto com o médico um plano de tratamento. As terapias mais indicadas em caso de câncer de ovário são:

1. Tratamento local:

Trata o tumor localizadamente, com o mínimo impacto possível no resto do corpo, como a cirurgia e a radioterapia. A radioterapia pode ser usada em todos os tumores ginecológicos, no entanto, para tumores no ovário, sua recomendação é no sentido paliativo. A cirurgia, por sua vez, é bastante específica, geralmente proporcionando à paciente um melhor índice de sobrevida.

2. Tratamento sistêmico:

Este tipo de terapia utiliza medicamentos injetáveis ou orais que atuem nas células cancerígenas, em qualquer parte do corpo. Dependendo do tipo de câncer de ovário, podem ser recomendadas a quimioterapia, a hormonioterapia e a terapia-alvo.

Cada caso precisa ser avaliado individualmente para chegar ao tratamento mais adequado para a paciente. Para isso, é preciso envolver uma equipe multiprofissional, com especialistas como oncologistas, radio-oncologistas, ginecologistas e cirurgiões, além de enfermeiros, nutricionistas, psicólogos e outras especialidades que auxiliem em todo o processo de diagnóstico e tratamento - físico e mental - do câncer de ovário.

A Corb Radioterapia trabalha para proporcionar aos seus pacientes oncológicos mais do que excelentes cuidados com a saúde. Trabalhamos com alta tecnologia e um atendimento carinhoso e humanizado para que o tratamento contra o câncer seja o mais leve possível, colocando atenção e qualidade de primeiro mundo em cada processo.

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