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Entenda tudo sobre radioterapia
Neste artigo, você vai ficar por dentro de tudo sobre radioterapia e entender como esse tratamento atua em pacientes com câncer, para quem é indicada, para quais situações e quais os seus principais tipos.
É sempre bom ressaltar que nas últimas décadas, a radioterapia tem sofrido revoluções tecnológicas que aliam alta performance e efeitos colaterais reduzidos, levando precisão e agilidade para os tratamentos que envolvem radiação.
A radioterapia tem como princípio a aplicação da radiação ionizante para tratar os mais variados tipos de doenças, porém, comumente utilizada em diversos tipos de câncer, sendo capaz de destruir ou interromper o avanço de células cancerígenas. Os feixes de radiação empregados não são visíveis, nem causam dores durante o tratamento. Muitos preocupam-se com a permanência da radiação no corpo e seus possíveis riscos à saúde, porém, é importante saber que ela fica no corpo apenas durante o tempo em que o paciente está no aparelho, não deixando nenhum tipo de radiação remanescente.
A radioterapia chega a ser recomendada para cerca de 60% dos pacientes oncológicos em algum momento do processo terapêutico da doença. A maioria dos pacientes que é tratada com radiações costuma ter impactos positivos, tendo como resultados o desaparecimento do tumor, o controle da doença, impedindo que ela avance, e a contribuição para a melhoria da qualidade de vida dos indivíduos.
Tudo sobre radioterapia: tipos e indicações
Podemos dizer que existem 4 tipos de radioterapia a serem empregados hoje, dependendo de cada caso. São eles:
- Radioterapia curativa: quando se estabelece que ela será a principal forma de tratamento;
- Radioterapia adjuvante: é empregada após algum tratamento anterior, como quimioterapia ou cirurgia, como uma maneira de reforçar o resultado, principalmente em tumores com alto risco de disseminação para outras áreas do corpo;
- Radioterapia neoadjuvante: tem o objetivo de reduzir o volume do tumor, facilitando a cirurgia posterior, tornando-a menos agressiva e, inclusive, podendo alterar as condições de um tumor inoperável para uma condição tratável;
- Radioterapia paliativa: aplicada com o intuito de reduzir sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente, diminuindo compressões, dores e sangramentos, por exemplo, proporcionando alívio e impedindo a progressão da doença.
Além disso, a radioterapia também pode ser separada em dois grupos distintos:
1. Radioterapia externa ou teleterapia
Nessa categoria, utiliza-se aparelhos denominados aceleradores lineares, que são equipamentos preparados para emitirem a radiação na região a ser tratada. É a modalidade mais usada, empregada em diversos tipos de câncer, bem como em doenças benignas. É necessário que o paciente mantenha uma posição ideal ao longo do tratamento, podendo ser auxiliado por acessórios como máscara, suportes, além de marcações feitas com tinta especial. As aplicações costumam ser diárias e rápidas.
Exemplos: radioterapia conformada 3D, radioterapia com intensidade modulada (IMRT), radioterapia guiada por imagem IGRT.
2. Radioterapia interna ou braquiterapia
Nesse caso, a fonte radioativa é localizada bem próxima à área a ser tratada através de aplicadores, que são dispositivos específicos colocados no corpo do paciente. Com isso, a fonte de radiação provém do aparelho, percorre os cateteres ligados aos aplicadores, irradiando a região. A braquiterapia é usualmente indicada para tumores ginecológicos no colo uterino e endométrio, mas pode ser aplicada também em câncer de mama, de próstata, de pele, de esôfago, de pulmão e sarcomas, por exemplo.
A radioterapia, em geral, como vimos, pode ser indicada antes ou após outros tratamentos, sendo a principal terapia ou complementar a outras soluções como quimioterapia ou terapias hormonais. Ela pode ser utilizada para evitar cirurgias ou facilitá-las, bem como para aliviar sintomas e trazer mais bem-estar a pacientes com cenários mais avançados.
As doenças benignas também podem contar com as vantagens da radioterapia, como em casos de prevenção de queloides e cicatrizes, na ginecomastia (o desenvolvimento anormal de mamas em homens) e no tratamento de tumores benignos, como meningiomas e schwannomas.
A quantidade de sessões sempre dependerá da recomendação dos médicos radioncologistas e demais profissionais que acompanham o caso. A programação, duração e dosagem a ser utilizada são praticamente personalizadas para cada paciente, dependendo do tipo de câncer, do estágio da doença e do planejamento definido pela equipe composta por médico radioncologista, técnicos em radioterapia, dosimetrista e físico médico.
Tudo sobre radioterapia: profissionais e possíveis efeitos
Uma equipe multidisciplinar costuma estar envolvida em todo o processo da radioterapia, sendo essencial que sejam altamente capacitados para administrar cada passo do tratamento.
- Médico: especializado no tratamento do câncer em geral, atua com a coordenação e acompanhamento do paciente, diagnosticando o câncer, determinando seu estágio e estabelecendo o plano de tratamento;
- Físico médico: profissional que calcula precisamente a dose de radiação para cada paciente, assegurando-se que seja a mais adequada e segura, supervisionando equipamentos e garantindo sua calibração e funcionamento apropriados;
- Dosimetrista: trabalha em conjunto com o radioncologista e o físico médico para calcular e planejar a distribuição da dose de radiação no corpo, através de softwares e ferramentas especializadas que planejam o tratamento de maneira personalizada;
- Técnicos em radioterapia: estão sempre em dupla e administram o tratamento na região a ser tratada, operando os aparelhos, posicionando corretamente e monitorando o paciente para garantir precisão e segurança;
- Enfermeiro oncológico: especializado em cuidados oncológicos, oferecendo assistência aos pacientes do início ao final do tratamento, desde orientações, avaliações de saúde, gerenciamento de efeitos colaterais e cuidando do seu bem-estar geral.
Quanto aos temidos efeitos colaterais, sua intensidade varia, basicamente, de acordo com fatores como: a dose de radiação utilizada, a região do corpo tratada, a extensão da área que recebe a radiação, o tipo de radiação e o aparelho utilizado. A adesão do paciente às recomendações pós-radioterapia é essencial para que os efeitos, caso aconteçam, sejam mais amenos. Quando ocorrem, tendem a desaparecer em poucas semanas após o fim do tratamento. Os efeitos secundários mais frequentes são:
- Perda de apetite e dificuldade para ingerir alimentos; em alguns casos, a saliva fica mais espessa e altera o sabor de alimentos, havendo a melhora do paladar ao final do tratamento;
- Cansaço: para contornar essa situação, é recomendável que o paciente intercale suas atividades com períodos de descanso;
- Reações adversas na pele: com a radiação, o paciente pode sentir coceira, vermelhidão, calor e ressecamento na pele no local irradiado. Caso agravem-se para febre, dores, secreções ou bolhas, a enfermeira e o médico devem ser avisados.
É necessário enaltecer que, como cada paciente é único, também os seus cuidados de saúde serão. Portanto, todo o processo de radioterapia precisa ser discutido e especificado entre médicos e pacientes, sendo personalizados em conjunto, levando em conta as necessidades de cada um, bem como seu estado físico e as possibilidades de cada caso.
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Leia também: Lidando com os possíveis efeitos colaterais da radioterapia.