O exemplo da enfermeira Florence Nightingale sobre o poder da atenção no tratamento do câncer

Vivemos uma era de grandes avanços em relação ao câncer, com o descobrimento de medicamentos e procedimentos maravilhosos. Não podemos esquecer, no entanto, do poder da atenção, carinho e dedicação, e do quanto uma simples conversa pode adicionar ao tratamento.

O exemplo da enfermeira britânica Florence Nightingale, famosa por levar um grupo de enfermeiras aos campos de batalha da Guerra da Crimeia (1853-1856) para dar um tratamento digno e humano aos soldados feridos nos campos de batalha, moldou as bases da enfermagem profissional moderna.

Com base no exemplo da enfermeira, especialistas do Memorial Sloan Kettering, Hospital de Nova York, compararam o acompanhamento usual, essencialmente reativo, de pacientes com câncer, com o uso de um programa de software que permitia um acompanhamento mais detalhado e proativo dos sintomas usuais em pacientes com esta doença.

As informações mais sérias registradas pelos pacientes eram enviadas imediatamente por e-mail para enfermeiras, que retornavam ao paciente ou os encaminhava para atenção médica.

Pacientes no grupo de controle tinham o acesso regular a seus médicos. Para surpresa de muitos, o grupo acompanhado com o programa mais intenso apresentou ganho em termos de qualidade de vida, menor número de hospitalizações e teve melhora na sobrevida.

Experiência no Brasil

No Instituto do Câncer do Estado de São Paulo temos uma experiência similar com o “Alô enfermeiro”, um canal para que os pacientes do hospital tenham acesso rápido por telefone, quando necessário. A avaliação dos pacientes é ótima, e muitas hospitalizações e complicações são evitadas.

O exemplo de Florence Nightingale continua vivo, e a boa medicina precisa trabalhar o conceito de qualidade, humanização e multidisciplinariedade, particularmente no tratamento de uma doença tão grave quanto o câncer.

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