Existem sintomas de câncer de fígado?

Não é incomum que certas doenças demorem a apresentar seus primeiros sinais, fazendo muitas pessoas se questionarem como é possível diagnosticá-las precocemente. Um destes casos é o de câncer de fígado, que traz à tona a pergunta: existem sintomas de câncer de fígado que possam ser facilmente reconhecidos?

Geralmente, esta doença não apresenta grandes indícios em sua fase inicial, no entanto, em alguns casos, é possível observar certas alterações no corpo desde cedo.

É importante ressaltar que o fígado é um dos principais órgãos do corpo, responsável por atividades essenciais, como a degradação e metabolização de substâncias prejudiciais ao organismo. Além disso, este órgão cuida também da produção de bile, usada na digestão, e de proteínas cruciais para a coagulação e manutenção de fluidos corporais.

O câncer que atinge este órgão é, usualmente, agressivo, podendo tanto ter início no próprio fígado quanto chegar até ele por conta do câncer em outras regiões do corpo. Assim, é comum que os sintomas de câncer de fígado demorem para aparecer.

Continue lendo para saber, afinal, quais são eles e como usá-los a seu favor na hora de diagnosticar o câncer de fígado.


Fique de olho nos sintomas de câncer de fígado

Conforme comentamos acima, o câncer de fígado pode ter origem nas próprias células do órgão, denominado câncer primário, ou ser causado por câncer em outras áreas do corpo que, posteriormente, tenha se espalhado e o atingido, chamado câncer secundário).

Nos estágios iniciais, o desenvolvimento costuma ser lento e sem sintomas de câncer de fígado, geralmente levando ao diagnóstica da doença apenas quando ela se encontra já numa fase mais avançada, comprometendo maiores extensões do corpo. Cerca de 20 a 30% dos pacientes, apenas, apresentam tumor restrito ao fígado ao receberem o diagnóstico. Grande parte dos portadores de câncer de fígado têm seus linfonodos próximos ao órgão já acometidos pela doença ou apresentam metástase em órgãos como pulmões, pleuras, peritônio e ossos.

Acompanhe abaixo quais são os principais sintomas de câncer de fígado:

- Perda de peso sem causa aparente;

- Dores no lado direito do abdômen;

- Baço aumentado;

- Falta de apetite;

- Sensação de estômago cheio, mesmo após alimentar-se pouco;

- Náuseas ou vômitos;

- Olhos e urina escuros;

- Febre, cansaço ou fraqueza;

- Inchaço no abdômen;

- Caroço do lado direito, abaixo das costelas;

- Coceira;

- Pele amarelada.

Alguns outros sintomas de câncer de fígado menos habituais, porém possíveis, são:

- Aumento de sede e vontade de urinar;

- Dor óssea, fraqueza muscular, confusão mental e fadiga;

- Hipoglicemia com confusão mental, palpitações, tremores e ansiedade;

- Glóbulos vermelhos do sangue aumentados;

- Colesterol elevado;

- Em homens, a mama pode aumentar e os testículos diminuírem de tamanho.

Muitos dos sintomas de câncer de fígado citados acima não são exclusivos e podem ser aparentes também em diversas outras doenças, por isso, é importante consultar um médico assim que possível para iniciar uma investigação minuciosa e obter o diagnóstico mais acertado.


Fatores de risco para o câncer de fígado

Mesmo que qualquer pessoa possa vir a ser acometida pelo câncer de fígado, é bom atentar-se a certos fatores de risco que podem influenciar o seu desenvolvimento:

- Pacientes com cirrose ou hepatite viral crônica, como hepatite B ou C;

- Pacientes com esteatose hepática não alcoólica, causada pelo acúmulo de gordura no fígado;

- Portadores de diabetes tipo 2 não controlada;

- Doenças causadas por parasitas, como a esquistossomose;

- Obesidade e tabagismo causando danos à capacidade de processamento do fígado.


Diagnosticando e tratando o câncer de fígado

Assim que algum sintoma de câncer de fígado surgir, o médico ideal a ser consultado é um hepatologista. Após o seu exame clínico, é recomendável que se façam também outros exames e procedimentos para averiguar a suspeita da doença, como:

- Exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética ou angiografia;

- Exames de sangue;

- Biópsia do fígado, se necessário.

Confirmada a doença, o especialista analisará a extensão da doença e sua localização exata, para apenas depois recomendar o tratamento mais eficiente e adequado a cada caso. As terapias utilizadas incluem a cirurgia, a radiofrequência, a radioterapia, a quimioterapia, medicamentos específicos e até mesmo o transplante de fígado

Isolados ou combinados, estes tratamentos podem proporcionar mais qualidade de vida aos pacientes. A taxa de cura da doença, quando descoberta em seus estágios iniciais, ultrapassa os 90%, enquanto em casos avançados, existe tratamento, mas não cura.

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