A relação entre tabagismo e câncer


Tabagismo e câncer estão intimamente ligados, fazendo deste hábito um forte fator de risco para diversos tipos desta doença, tais como: leucemia mieloide aguda, câncer de pulmão, de bexiga, de pâncreas, de fígado, de boca, de pescoço, de traqueia, entre muitos outros.

É importante ressaltar que o tabagismo é reconhecido como doença crônica devido à dependência de nicotina, presente nos produtos feitos de tabaco. Esta prática integra o grupo de transtornos mentais, comportamentais ou do neurodesenvolvimento, por causa do uso de substância psicoativa.

O uso do tabaco pode ser feito de diversas formas, não apenas através do fumo, mas também por inalação, aspiração, mastigação ou absorção pela mucosa oral. Todas elas envolvem a nicotina, causam dependência e aumentam o risco do surgimento de doenças crônicas não transmissíveis (DNCT).

Comparados aos não fumantes, estima-se que o tabagismo aumenta o risco de:

- Desenvolvimento de doença coronariana em 2 a 4 vezes;

- Desenvolvimento de AVC em 2 a 4 vezes;

- Desenvolvimento de câncer de pulmão em 23 vezes, para homens;

- Desenvolvimento de câncer de pulmão em 13 vezes, para mulheres;

- Desenvolvimento de doenças pulmonares obstrutivas crônicas (como bronquite crônica e enfisema) com letalidade, em 12 a 13 vezes.

É sabido que o câncer de pulmão está entre os mais frequentes em todo o mundo, ocupando a primeira posição entre o público masculino e a terceira entre o feminino. Só no Brasil, cerca de 18 mil novos casos em homens e 14 mil em mulheres estão sujeitos a serem diagnosticados no período de 2023 a 2025.

Neste caso, os principais responsáveis são o tabagismo e a exposição passiva ao tabaco, considerados as maiores causas evitáveis isoladas de adoecimento e mortes precoces em todo o mundo.

Como tabagismo e câncer prejudicam a saúde

A fumaça do cigarro contém mais de 5 mil substâncias nocivas, podendo chegar a mais de 8 mil se contarmos com aditivos industriais e compostos da folha do tabaco em si, adicionados artificialmente para melhorar sabor, aroma, sensação de irritação e potencializar os efeitos da nicotina, a substância mais fatal do cigarro, uma vez que é responsável pela dependência química em si.

Ao respirar a fumaça do tabaco, essas substâncias químicas entram nos pulmões, muitas delas danificando o DNA das células do órgão. Mesmo que o corpo trabalhe para reparar possíveis lesões causadas por essas substâncias, o tabagismo pode causar mais danos do que seu corpo consegue regenerar, eventualmente, levando à formação de células cancerígenas.

Além disso, a inalação da fumaça pode danificar os alvéolos dos pulmões, conhecidos por transportarem oxigênio para o sangue e eliminarem o dióxido de carbono na expiração. Com o tempo, os estragos aos alvéolos dos pulmões podem levar a doenças pulmonares obstrutivas crônicas, como enfisema e bronquite crônica.

Há algumas décadas, diversas medidas foram implantadas para coibir ou proibir o fumo em ambientes fechados, mas ainda assim, as estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que o tabagismo segue sendo responsável por:

- 90% dos casos de câncer de pulmão e 71% das mortes por esta doença;

- 42% das doenças respiratórias crônicas;

- 10% das doenças cardiovasculares;

- 7 milhões de mortes por ano, globalmente;

- 1,2 milhão de óbitos de não fumantes em decorrência do fumo passivo.

Atitudes que podem evitar tabagismo e câncer

É essencial que se tenha uma atitude positiva em relação aos seus próprios hábitos diários, procurando não consumir produtos baseados no tabaco, sejam cigarros, cachimbos, charutos, narguilés ou cigarros eletrônicos.

Pessoas que abandonam o hábito de fumar acabam diminuindo o risco de desenvolver câncer de pulmão em 30 a 50% após 10 anos de abstinência, em comparação com aquelas que seguem fumando.

Mesmo sendo um desafio, deixar do tabagismo é possível, protegendo a saúde própria e dos demais familiares, amigos e colegas que convivem com este hábito cheio de riscos.

Além disso, adotar cuidados saudáveis como uma dieta equilibrada, exercícios físicos, uma rotina com sono adequado e atividades de lazer também são recomendados. Manter visitas regulares ao médico para check-up da saúde e realizar exames preventivos periódicos é essencial para diagnosticar doenças precocemente e aumentar as chances de sucesso em eventuais tratamentos.

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