A ciência tem avançado cada vez mais na tecnologia em radioterapia, buscando aprimoramentos que garantam ainda mais segurança, eficiência e menos efeitos colaterais. Isso porque a radioterapia tem se mostrado um dos procedimentos mais utilizados no tratamento de diversos tipos de câncer, sendo que 60 a 70% dos pacientes oncológicos chegam a passar por esse tipo de terapia.

A Reunião Anual da Sociedade Americana de Oncologia de Radiação, realizada em outubro de 2023 apresentou diversas pesquisas que vêm sendo realizadas com o objetivo de aliar cada vez mais comprovações científicas à tecnologia em radioterapia, promovendo tratamentos mais eficazes e rápidos aos pacientes.

Tecnologia em radioterapia aplicada ao câncer de cabeça e pescoço

Um dos estudos em destaque foi o comandado pela Universidade de Maryland nos Estados Unidos, que mostrou que a radioterapia com doses mais altas aplicadas em menos sessões pode ser o ideal para pacientes com câncer de cabeça e pescoço, por exemplo.

Na análise de 792 pacientes com esse tipo de câncer, o tratamento aplicado constituiu-se de duas modalidades: a primeira com 33 sessões com 66 Gy (unidade que representa a quantidade de energia de radiação ionizante absorvida), totalizando 6 sessões por semana durante 5,5 semanas. A segunda modalidade consistiu em 20 sessões com 55 Gy, totalizando 5 sessões por semana durante 4 semanas.

Como conclusão, as observações mostraram que pacientes submetidos ao tratamento mais rápido, com 20 sessões, apresentaram resultados similares no controle local do tumor e efeitos colaterais tardios. Quanto às taxas de sobrevivência global e livre de progressão do câncer, não foram demonstradas diferenças significativas. Isso quer dizer que tal metodologia pode reduzir até pela metade o tempo de tratamento de uma doença tão séria e que vem sendo cada vez mais frequente em nossa sociedade.

Nesse sentido, é possível comprovar como a tecnologia em radioterapia aumenta a capacidade terapêutica, melhorando não apenas os tratamentos oferecidos em si, mas também a qualidade de vida do paciente.

Tecnologia em radioterapia para câncer de próstata

Outro estudo exposto no congresso, tratou da radioterapia estereotáxica (SBRT), mostrando que o tratamento tem uma performance equivalente à abordagem padrão em casos de câncer de próstata que não tenha se espalhado. A SBRT é uma técnica avançada de radioterapia, capaz de diminuir ou destruir tumores utilizando doses mais altas em poucas sessões. Esse tipo de tecnologia em radioterapia emprega o uso de imagem e planejamento para proporcionar precisão e o mínimo dano a tecidos sadios do entorno. Enquanto pacientes com câncer de próstata recebem de 20 a 40 doses, com a SBRT, podem ser submetidos a apenas 5 sessões ou até menos.

Este estudo avaliou 874 pacientes, sendo que alguns receberam aleatoriamente a SBRT e outros a radiação padrão. Após 5 anos, os que se submeteram à abordagem mais moderna apresentaram resultados tão bons quanto os que receberam o tratamento tradicional.

Ambas as pesquisas extraídas do evento demonstram como a oncologia é uma ciência em constante evolução, promovendo cada vez mais possibilidades de tratamento para os acometidos pelos mais diversos tipos de câncer.

Aqui na Corb, sabemos da importância do emprego da tecnologia em radioterapia e como ela pode, de fato, fazer a diferença no bem-estar e na melhora da saúde de nossos pacientes. Além de aceleradores lineares de última geração, softwares atualizados e profissionais capacitados e sempre em dia com o mercado, também investimos em pesquisa e inovação através do nosso Centro de Pesquisa com foco em radio-oncologia. Através desse olhar curioso e inovador é que progredimos em termos de tratamentos, serviços e em medicina em geral.

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