Quando a radioterapia é indicada para tratar câncer de mama?
O diagnóstico precoce, feito ainda em estágios iniciais, permite tratar câncer de mama de maneiras menos agressivas e com maiores chances de sucesso. A radioterapia é uma das opções utilizadas quando falamos de tratamentos oncológicos, pois pode agir tanto isoladamente quanto de maneira combinada com outros procedimentos, tais como cirurgia e/ou quimioterapia, por exemplo.
O objetivo da radioterapia é tratar câncer de mama destruindo as células tumorais através da aplicação de feixes de radiação ionizante no local afetado pelo tumor. Graças a técnicas e equipamentos cada vez mais modernos, é possível inclusive poupar células saudáveis em torno do câncer, reduzindo riscos e efeitos colaterais da paciente.
É importante ressaltar que nem todas as mulheres recebem a recomendação de tratar câncer de mama com radioterapia. Toda a equipe médica avalia o estado da paciente, o tipo de câncer e seu estágio, determinando a necessidade de cada tipo de tratamento. A radioterapia para tratar câncer de mama pode ser indicada em casos como:
- Após a cirurgia da mama, com a intenção de mitigar as chances de recidiva na mama ou nos linfonodos próximos;
- Após a mastectomia, que é a retirada da mama, principalmente se o tumor estiver localizado nos linfonodos, apresentar mais que 5 cm de diâmetro e / ou acometer pele e músculos;
- Em caso de metástase, a disseminação do tumor para outros órgãos, como ossos ou cérebro.
Quais as técnicas de radioterapia usadas para tratar câncer de mama?
1. Radioterapia conformacional 3D
É uma técnica avançada, usada no tratamento de diversos tipos de câncer, incluindo o câncer de mama. Ela utiliza imagens tridimensionais do tumor, obtidas por meio de tomografia computadorizada ou ressonância magnética, a fim de planejar e entregar a radiação de forma mais precisa.
No caso do câncer de mama, a 3D-CRT permite que os médicos direcionem doses de radiação mais concentradas diretamente para o tumor, enquanto minimizam a exposição dos tecidos saudáveis ao redor, como o coração e os pulmões. O planejamento tridimensional ajuda a criar moldes exatos da área afetada, garantindo que o feixe de radiação tenha o formato do tumor, o que melhora a eficácia do tratamento e reduz os efeitos colaterais.
Os principais benefícios dessa técnica incluem: melhor precisão na entrega da radiação; menor dano aos tecidos saudáveis; redução dos efeitos colaterais a longo prazo; amplamente utilizada tanto após cirurgias conservadoras (como a lumpectomia) quanto em casos em que o câncer está mais avançado e requer uma abordagem mais localizada.
2. Radioterapia conformada com IGRT
Essa técnica representa um grande avanço em termos de radioterapia, pois trata-se de um processo de aquisição de imagem associado a diferentes técnicas de tratamento. Ela é usada para tratar câncer de mama e outros tipos de câncer, combinando a precisão da radioterapia conformacional 3D com o uso de imagens em tempo real para ajustar e guiar o tratamento com mais exatidão. Captam-se imagens através de tomografia e raio-X, acoplados no próprio equipamento, oferecendo mais exatidão para localizar o tumor e liberar a radiação.
Além disso, é possível detectar o posicionamento, o padrão de deslocamento do tumor e o padrão respiratório do paciente, sincronizando a liberação da dose conforme a sua movimentação.
No caso do câncer de mama, a IGRT permite que os médicos realizem imagens do tumor imediatamente antes ou durante a sessão de radioterapia, verificando a posição exata da mama, do tumor e dos tecidos adjacentes, garantindo que a radiação seja direcionada de maneira extremamente precisa. Como o corpo humano pode se mover levemente e o tamanho e formato do tumor podem mudar durante o tratamento, o uso da IGRT ajuda a corrigir esses pequenos desvios, otimizando o alvo da radiação.
Com isso, podemos dizer que seus principais benefícios são: uma maior precisão, com a liberação ajustada de acordo com a posição atual do tumor no momento do tratamento, reduzindo o risco de irradiar tecidos saudáveis; redução de efeitos colaterais, como fadiga, problemas cardíacos e danos pulmonares; monitoramento contínuo; particularmente útil para tratar áreas próximas a órgãos críticos, como o coração e os pulmões, que estão próximos ao tecido mamário.
3. DIBH
A sigla representa o Deep Inspiration Breath Hold ou, em português, Técnica de Apneia com Inspiração Profunda. É uma técnica utilizada na radioterapia para tratar câncer de mama, especialmente para tumores localizados no lado esquerdo, que estão mais próximos do coração. Ela ajuda a proteger o coração durante a radioterapia, minimizando a exposição deste órgão à radiação.
O paciente inspira profundamente e prende a respiração (apneia) durante alguns segundos enquanto a radiação é administrada. Ao encher os pulmões de ar, o tórax se expande, afastando temporariamente o coração do campo de radiação. Isso permite que a radiação seja direcionada ao tumor com maior precisão, reduzindo o risco de danos ao coração e outros órgãos vitais próximos, como os pulmões.
Essa técnica é particularmente recomendada para pacientes com câncer de mama no lado esquerdo, mas também pode ser usada em outros casos para melhorar a segurança do tratamento radioterápico.
Os principais benefícios do DIBH incluem: proteção do coração, diminuindo o risco de efeitos colaterais cardíacos a longo prazo, como insuficiência cardíaca ou doenças coronárias; maior segurança para tecidos saudáveis, especialmente aos próximos à mama; eficácia concentrada, permitindo maior precisão no tratamento.
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