Tratamento de câncer de mama triplo-negativo

O câncer de mama triplo-negativo é um dos subtipos da doença, correspondendo a cerca de 15% de todos os casos. Esse tipo de câncer de mama tende a acometer mulheres mais jovens, com menos de 40 anos, bem como latinas e pacientes com a pele negra.

Além disso, mulheres que possuem mutação genética nos genes BRCA1 e/ou BRCA 2, também são mais suscetíveis à doença, por isso, aquelas que possuem histórico familiar desse tipo de mutação precisam realizar um acompanhamento de saúde muito mais frequente.

O câncer de mama triplo-negativo (TNBC) é considerado pelos médicos um dos tipos mais agressivos da doença, pois o crescimento das células cancerígenas se dá de maneira muito veloz, com maior probabilidade de metástase, ou seja, de se espalharem para outras partes do corpo. Por conta dessa particularidade, a doença apresenta desafios específicos, como a falta de expressão de receptores hormonais (estrogênio e progesterona) e HER-2, exigindo um diagnóstico aprofundado e uma abordagem terapêutica diferenciada, sendo a radioterapia um componente essencial no tratamento.

A radioterapia no combate ao câncer de mama triplo negativo

O câncer de mama triplo-negativo, muitas vezes, apresenta um prognóstico mais desafiador dos que os demais tipos, mas encontra na radioterapia um aliado importante, geralmente levando a caminhos com resultados mais promissores.

A radioterapia é amplamente utilizada em pacientes com câncer de mama triplo-negativo após cirurgias de conservação da mama, como a mastectomia, que reduzem a recorrência local. De acordo com pesquisas, mulheres com TNBC que passam por cirurgia de conservação da mama recebem a recomendação de grau A, isso quer dizer que devem, obrigatoriamente, receber radioterapia pós-operatória em toda a mama, ampliando significativamente as taxas de sobrevida.

Embora existam especificidades na indicação do tratamento, baseada em características individuais do tumor, a recomendação geral é que a maioria das pacientes com câncer de mama triplo-negativo receba radioterapia como parte do seu plano de tratamento.

A radioterapia pós-mastectomia (PMRT) é recomendada principalmente para pacientes com tumores maiores ou com linfonodos comprometidos. Além disso, estudos indicam que mulheres com câncer de mama triplo-negativo em estágios iniciais e sem comprometimento linfonodal também podem se beneficiar da radioterapia, mesmo que a recomendação seja de grau B.

Pacientes com tumores remanescentes após a quimioterapia neoadjuvante têm mostrado uma boa resposta aos tratamentos radioterapêuticos, otimizando o controle localizado da doença. Além disso, a subtipagem do câncer de mama também é altamente relevante, pois quando se trata do tipo basal, por exemplo, o prognóstico costuma ser pior, apresentando uma menor sensibilidade à radioterapia se comparado ao tipo não basal, que demonstra melhores taxas de eficácia.

Embora o câncer de mama triplo-negativo seja costumeiramente mais resistente a certos tratamentos, pesquisas clínicas sugerem que ele demonstra boas respostas à radioterapia. Esse tipo de câncer, quando diagnosticado em estágios iniciais, pode ter grandes chances de cura. Por isso, é essencial que as mulheres mantenham seus exames preventivos e regulares em dia. É importante considerar que cada caso é único e os cuidados constantes com a saúde são a melhor maneira de garantir bem-estar e qualidade de vida.

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