Carcinoma pode ser caracterizado como tumores malignos que se originam na pele ou em tecidos que revestem órgãos internos, podendo atingir diferentes partes do corpo, como: cólon, mamas, pulmões, próstata, pâncreas e rins. O carcinoma de pele é considerado o câncer mais comum em todo o mundo e tem como características principais uma menor taxa de crescimento e de geração de metástases quando comparado com melanomas, por exemplo.

Um dos maiores fatores de risco é a exposição solar, especialmente aos raios UVB, que incidem entre as 9h e 16h, acometendo com mais frequência pessoas com pele clara, imunossuprimidas e/ou com histórico pessoal ou familiar de câncer de pele.

Os principais sintomas do carcinoma são lesões de pele, principalmente em regiões expostas ao sol, podendo estar acompanhadas ou não de coceira, sangramentos, dor local, secreções, irritação, mau cheiro ou infecções.

Os principais tipos de carcinoma

Os principais tipos de carcinoma são o carcinoma de células basais e o carcinoma espinocelular, que formam a grande maioria de neoplasias malignas de pele do tipo não melanoma. Confira as características de cada um abaixo.

1. Carcinoma basocelular

Possui a maior incidência, representando cerca de 80% dos casos de câncer de pele não melanoma, originando-se a partir de células da camada basal cutânea, cujos genes sofrem mutações devido à exposição aos raios UVB. Este tipo de carcinoma apresenta um crescimento mais lento e menor taxa de disseminação. Alguns sinais característicos são:

- Erupções cutâneas rosadas ou translúcidas com borda mais elevada;

- Manchas avermelhadas;

- Placas lisas ou endurecidas com bordas mal definidas.

2. Carcinoma espinocelular

Este é o segundo câncer de pele mais incidente, representando cerca de 20% dos tumores malignos não melanoma, provenientes do desenvolvimento desregulado das células produtoras de queratina. As características do carcinoma espinocelular são:

- Mancha vermelha e escamosa bem demarcada;

- Nódulos endurecidos com aparência ressecada;

- Erupções de pele com aparência granulada.

Tratando o carcinoma

Após propriamente diagnosticado, o carcinoma pode ser tratado com a retirada cirúrgica de toda lesão, incluindo, em alguns casos, a realização de cirurgias reconstrutoras para correção de defeitos primários, aperfeiçoando a estética pós-cirurgica.

Para pacientes em estágios iniciais (in situ), pode ser recomendado um tratamento tópico com medicamentos em cremes e pomadas, aplicados diretamente na pele. Apesar dessa opção apresentar uma melhor qualidade estética final, há maiores chances de recidiva, levando, consequentemente, ao tratamento cirúrgico.

A radioterapia pode ser utilizada em casos em que a equipe médica opta por não realizar o tratamento cirúrgico de lesões primárias mais avançadas ou após tratamento cirúrgico, porém com margens comprometidas na qual a ampliação de margens (complementação cirúrgica) não é factível devido a possíveis complicações estéticas.

Também pode ser realizada no tratamento do carcinoma, utilizando raios-X de baixa energia ou feixe de elétrons, fazendo com que a penetração da radiação seja menor, poupando tecidos sadios ao redor da lesão e limitando possíveis efeitos colaterais para outros órgãos e tecidos do corpo. Os possíveis efeitos colaterais da radioterapia dependem muito do local irradiado, podendo incluir: irritação da pele, alterações na cor da pele, perda de pelos na área irradiada, entre outros.

O tratamento baseado em radioterapia também pode ser indicado quando há a disseminação do carcinoma para outros órgãos ou linfonodos, ajudando a controlar sintomas e impedir o seu avanço. É primordial saber que, mesmo após o tratamento, o carcinoma deve ter um acompanhamento constante para detectar potenciais recidivas locais ou surgimento de novas lesões.

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